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20 maio 2011

Dívida - Maria Nunes


DÍVIDA

O credor segura-se no caráter, para satisfazer sua violência. - (Miramez)

O credor, quando ganancioso, busca o devedor onde ele estiver, dá escândalo e, quando não é atendido, fala de moral sem contudo se lembrar que deve ser o primeiro a viver a moral que prega.

Todos temos dívidas com a economia divina; o suprimento maior nos fornece com abundância e sempre nos esquecemos de receber com parcimônia, sem esperdiçar os bens de Deus, a nós entregues por misericórdia.

Todos temos talentos, uns acordados, outros em processo de despertamento e outros em estado de sono, por despertar. Compete a nós outros saber usar nossos valores; esse é o recurso divino que cabe a todos nós doar e não emprestar nem vender, por não serem vendáveis, já que não somos donos deles; tudo pertence a Deus.

A violência, o orgulho e o egoísmo nascem da ignorância. Somente o amor é fruto da vida imortal, porque quanto mais damos, mais recebemos da própria vida. Se passarmos a compreender a vida de Jesus, a observação nos falará do Seu desprendimento, sendo que Ele tinha tudo o que quisesse ao Seu dispor, por ser consciente de que somente Deus é dono de todas as coisas, Mas, Deus nunca deixa Seus filhos sem o necessário para viver, nos dois planos de vida.

Se alguém lhe deve, meu irmão, ore por ele; não use de subterfúgios, querendo mostrar vida impoluta, para receber de quem lhe deve. Dê o que puder distribuir a quem precisa, sem participar da usura, cambiando juros para a sua bolsa.

O egoísmo nos inspira para não ensinarmos aos nossos companheiros, para que eles fiquem ignorantes e não tenham igualdade no saber conosco.
Devemos ser instrumentos com Jesus, deixando fluir pelos nossos canais mediúnicos o saber que aprendemos com outros. Se alguém nos ensinou sem exigir tanto de nós, por que não fazer o mesmo?

O desprendimento divino, que deve ser assegurado na nossa vida; contudo devemos compreender que desprendimento não é desperdício; é equilíbrio em tudo, por assim dizer, é o amor comandando o coração.

Quem ainda manifesta nos seus passos a violência, está sendo dominado pelo orgulho, que petrifica a própria consciência. Esqueça, se alguém lhe deve; procure pagar aos que você deve, sem angústia, com agradecimento a quem lhe socorreu nos momentos difíceis.

Somente limpamos a consciência e o coração da revolta e da tristeza quando aceitamos a vida como Deus nos deu, obedecendo às leis naturais, na naturalidade da criação.

De “SABEDORIA — A lei de Deus no pensamento dos homens
De João Nunes Maia

Pelo espírito Maria Nunes

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