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02 maio 2011

De Lá para Cá - Emmanuel


DE LÁ PARA CÁ

Ninguém julgue que a morte represente salvo-conduto para a beatitude celeste.

Muitas existências em que programa do bem padece frustração pela nossa rebeldia ou indiferença somente recolhem, depois do túmulo, a aflitiva purgação de nossos erros deliberados.

O inferno mental estabelecido por nós, dentro de nossas próprias almas, exige-nos o retorno à matéria densa para que as chamas do remorso ou do arrependimento se apaguem ao contato de novas lutas . . .

Aqui, é o usuário que deseja desvencilhar-se da obsessão do ouro usando a túnica da pobreza.

Ali, é o tirano que se propõe a aprender humildade nas linhas do anonimato e da angústia.

Mais além, é o delinqüente que suspira por reencontrar as vítimas de ontem a fim de resgatar os débitos contraídos.

Na conquista, porém, do recomeço, é indispensável se esforcem com devotamento e renúncia, por alcançar a reencarnação que os investirá na posse da oportunidade pretendida.

Para isso, empenha-se em rasgos de sacrifício, plantando entre os encarnados a bênção da simpatia, o indispensável passaporte para a estação do lar humano, em que se renovarão, à frente do progresso.

Eis porque, a experiência na Terra não representa mera aventura da alma e sim precioso tempo de aprendizado e serviço que não devemos menosprezar.

Pela instrumentalidade do Plano Físico, reaproximamo-nos de antigas dificuldades ou de passados desafetos para que a obra do amor se reajuste e se consolide, conosco e junto de nós.

Não menoscabes o ensejo de elevação que a atualidade te confere.

A máquina fisiológica em que provisoriamente estagias pode ser uma escada para a esfera superior ou declive sutil para regiões expiatórias, dependendo de ti fazê-la degrau para a luz ou novo salto ao despenhadeiro da sombra.

Valoriza a existência terrestre e caminha para diante, convertendo a luta redentora em recursos de ascensão.

Recorda que o tempo é o mordomo fiel da vida e se a Bondade do Senhor ter concedeu para hoje a riqueza do corpo físico, a justiça d'Ele mesmo, espera-te, amanhã, para a conta imprescindível.

Do livro "Atenção"
Pelo Espírito Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier

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